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quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Causas da Revolução Russa

Quais são as causas da revolução russa?


 Na Rússia, durante o século XIX, a falta de liberdade era quase absoluta.


No campo, reinava uma forte tensão social, devido à grande concentração de terras na mão da nobreza. A Rússia foi o último país a abolir a servidão, em 1861 e em muitos lugares, continuava-se com o sistema de produção feudal.


A reforma agrária promovida pelo czar Alexandre II (1855-1881), pouco adiantou para aliviar as tensões no campo. O regime czarista reprimia a oposição e a Ochrana, polícia política, controlava o ensino, a imprensa e os tribunais.


Milhares de pessoas eram enviadas ao exílio na Sibéria condenadas por crimes políticos. Capitalistas e latifundiários mantinham o domínio sobre os trabalhadores urbanos e rurais.


No governo do czar Nicolau II (1894-1917), a Rússia acelerou seu processo de industrialização aliada ao capital estrangeiro. Os operários concentraram-se em grandes centros como Moscou e São Petersburgo.


Apesar disso, as condições de vida pioraram, com a fome, o desemprego e a diminuição dos salários. A burguesia também não era beneficiada, pois o capital estava concentrado nas mãos dos banqueiros e dos grandes empresários.


A oposição ao governo crescia. Um dos maiores partidos de oposição era o Partido Social Democrata, mas seus líderes, Plekhanov e Lenin, tinham que viver fora da Rússia para fugir das perseguições políticas.


O Partido Operário Social-Democrata Russo era crítico com a política do país. Porém, as divergiam de como solucionar os problemas da Rússia. Isto acabou por dividi-lo em duas correntes:


Bolcheviques (maioria, em russo), liderados por Lenin, defendiam a ideia revolucionária da luta armada para chegar ao poder.

Mencheviques (minoria, em russo), liderados por Plekhanov, defendiam a ideia evolucionista de se conquistar o poder através de vias normais e pacíficas como, por exemplo, as eleições.

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Carlos Drummond de Andrade - literatura

 Carlos Drummond de Andrade


Descendente de uma família de fazendeiros tradicionais da região, Drummond foi o nono filho do casal Carlos de Paula Andrade e Julieta Augusta Drummond de Andrade.


Desde pequeno Carlos demonstrou grande interesse pelas palavras e pela literatura. Em 1916, ingressou no Colégio em Belo Horizonte.


Dois anos mais tarde, foi estudar no internato jesuíta no Colégio Anchieta, no interior do Rio de Janeiro, Nova Friburgo, sendo laureado em “Certames Literários”.


Em 1919, foi expulso do colégio jesuíta por “insubordinação mental” ao discutir com o professor de Português. Assim, retorna a Belo Horizonte e a partir e 1921 começa a publicar seus primeiros trabalhos no Diário de Minas.


Formou-se em Farmácia na Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte, porém não exerceu a profissão.


Em 1925 casou-se com Dolores Dutra de Morais, com quem teve dois filhos, Carlos Flávio (em 1926, que vive apenas meia hora) e Maria Julieta Drummond de Andrade, nascida em 1928.


Em 1926, ministra aulas de Geografia e Português no Ginásio Sul-Americano de Itabira e trabalha como redator-chefe do Diário de Minas.


Continuou com seus trabalhos literários e em 1930 publica seu primeiro livro intitulado “Alguma Poesia”.


Um de seus poemas mais conhecidos é “No meio do caminho”. Ele foi publicado na Revista de Antropofagia de São Paulo em 1928. Na época, foi considerado um dos maiores escândalos literários do Brasil:


“No meio do caminho tinha uma pedra

Tinha uma pedra no meio do caminho

Tinha uma pedra

No meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento

Na vida de minhas retinas tão fatigadas.

Nunca me esquecerei que no meio do caminho

Tinha uma pedra

Tinha uma pedra no meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra.”


Trabalhou como funcionário público durante grande parte de sua vida e se aposentou como Chefe de Seção da DPHAN, após 35 anos de serviço público.


Em 1982, com 80 anos, recebeu o título de “Doutor Honoris Causa” pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).


Drummond faleceu em dia 17 de agosto de 1987 no Rio de Janeiro. Morreu com 85 anos, poucos dias após a morte de sua filha, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade, sua grande companheira.


Obras:


Alguma poesia (1930)

Brejo das almas (1934)

Sentimento do Mundo (1940)

Confissões de Minas (1944)

A Rosa do povo (1945)

Poesia até agora (1948)

O Gerente (1945)

Claro Enigma (1951)

Contos de Aprendiz (1951)

A Mesa (1951)

Passeios na Ilha (1952)

Viola de Bolso (1952)

Fazendeiro do ar (1954)

Viola de Bolso novamente encordoada (1955)

Fala, amendoeira (1957)

Ciclo (1957)

Lição de coisas (1962)

Antologia Poética (1962)

Obra Completa (1964)

Cadeira de Balanço (1966)

Mundo Vasto mundo (1967)

Poemas (1971)

As Impurezas do Branco (1973)

Amor, Amores (1975)

A Visita (1977)

Contos Plausíveis (1981)

Amar se aprende amando (1985)

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Ciclo do Café resumo

 Ciclo do Café


A cultura em pequenas proporções no norte do país, foi se expandindo em direção ao sudeste, quando a partir de 1870 teve seu grande momento, no oeste paulista, nas cidades de Campinas e Ribeirão Preto, onde encontrou a “terra roxa”, solo rico para os cafezais.

As fazendas se espalharam, a produção exportadora cresceu, os imigrantes, principalmente italianos, vieram trabalhar nas fazendas.


- Ciclo do Café

Produção

O ciclo do café estava começando a evoluir. Mesmo existindo os pequenos plantadores, o que predominou foram as grandes fazendas de monocultura, característica da economia colonial.


A cafeicultura exportadora do café foi aos poucos se expandindo e logo atingiu índices de maior produto de exportação do país. O Brasil chegou a exportar mais de 50% do consumo mundial.


O ciclo do café sofreu duas quedas, nas primeiras décadas do século XX, decorrentes das crises internacionais.


Mão de Obra

O ciclo do café sofreu com a carência de mão de obra. O sistema de parceria com os primeiros colonos imigrantes fracassou.


Só a partir da década de 1870, com o trabalho assalariado e a imigração custeada pelo poder público, o novo sistema foi a solução para a lavoura paulista.


O Brasil recebeu 30 mil imigrantes só em 1886, nos anos seguintes essa média foi crescendo e chegou a mais de 130 mil.


A abolição da escravatura em 1888, gerou grande crise nas zonas cafeeiras mais antigas, a da Baixada Fluminense e a do Vale do Paraíba, enquanto na zona oeste de São Paulo a crise não era sentida.


Ciclo do Café no Vale do Paraíba

A primeira região do país a receber mudas de café foi o Pará, em 1727. As mudas teriam sido levadas por Francisco de Melo Palheta e, muito rápido, até 1760, pequenas roças de café já eram cultivadas até no Rio de Janeiro.


Ao longo do Vale do Paraíba, do Rio de Janeiro a São Paulo, o café virou o principal produto de exportação brasileira e chegou a apogeu no Segundo Império.


A região do Vale do Paraíba era considerada ideal para o cultivo e, logo, a exploração ocorreu em grandes propriedades com o suporte de mão de obra escrava.


Ciclo da Borracha

O ciclo da borracha corresponde ao período na economia brasileira de larga prática da extração e comercialização do látex destinado à produção de borracha. É composto por dois períodos, o primeiro vai de 1879 a 1912 e o segundo de 1942 a 1945.


A exploração do látex para produção de borracha ocorreu, principalmente, nas cidades de Manaus, Porto Velho e Belém.


Ciclo do Ouro

O ciclo do ouro é o período que marca o metal como principal atividade do Brasil na fase colonial. Começou com o declínio das exportações de açúcar, no fim do século XVII.

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Caldeus

 Os caldeus são um dos povos da Antiguidade que conquistaram e habitaram a região sul da Mesopotâmia conhecida como Caldeia (atual Iraque, Síria e Turquia).


Eles são citados na Bíblia como os destruidores de Jerusalém que, sob o comando do rei Nabucodonosor, levou o povo judeu para o que ficou conhecido como “cativeiro babilônico” (exílio).


História

De origem árabe, os caldeus ocuparam terras pertencentes a Mesopotâmia. Ao lado dos Medos (povo da média) derrotaram os assírios que ali habitavam, formando assim um grande império: O "Segundo Império Babilônico" ou "Império Neobabilônico".


Por esse motivo, os caldeus são chamados também de "novos babilônios". A primeira investida dos caldeus ocorreu em 612 a.C. com a tomada da capital Assíria: Nínive.


Após a morte de seu pai Nabopolassar, Nabucodonosor (604-562 a.C.), em 586 a.C., continuou a conquista das terras e reconstrução das cidades que foram destruídas pelas guerras. Esses são os dois reis mais importantes do império caldeu e o governo de Nabucodonosor foi um dos períodos mais áureos da Mesopotâmia.


A capital do Império era a Babilônia, uma bela cidade construída com muralhas, palácios, santuários e templos. Após a morte de Nabucodonosor, que governou cerca de 40 anos, houve um enfraquecimento do Império e, a partir de 539 a.C., eles foram dominados pelos Persas sob o comando do rei Ciro.


Principais Características

Sociedade

Os caldeus eram um povo semita que conquistou a região da Mesopotâmia por possuir um caráter bélico e violento, fazendo muitos escravos.


No tocante a organização social, a sociedade dos caldeus era baseada na monarquia despótica e teocrática, donde havia o rei, que comandava todo o império, e abaixo dele estavam os nobres, sacerdotes, comerciantes, pequenos proprietários e escravos.


Economia

As principais atividades da maior parte dos povos mesopotâmicos eram a agricultura, a criação de animais e o comércio.


No entanto, com a conquista dos caldeus e a necessidade de reconstruir a Babilônia, nessa fase a economia foi gerada pelo serviço de construção, ainda que a agricultura fosse uma importante atividade para alimentar o povo.


Religião

Como todos os povos mesopotâmicos a religião dos caldeus era politeísta, com o culto a diversos deuses os quais estavam relacionados com a natureza e os animais. Na porta da cidade da Babilônia foi feito um mosaico de Ishtar, a deusa do amor e protetora da cidade.


Cultura

Nabucodonosor transformou a cidade da Babilônia em um grande centro cultural. Sob seu governo foram produzidas diversas obras urbanas desde ruas, jardins, muralhas, templos, palácios, dos quais se destacam os Jardins Suspensos da Babilônia e a Torre de Babel.


Além disso, eles foram pioneiros nos estudos sobre astrologia e astronomia e ainda, no avanço dos estudos da matemática. O chamado "Ur dos Caldeus" corresponde a cidade suméria que foi ocupada por essa civilização.

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Plano de Metas

 Plano de Metas foi um programa cuja finalidade era melhorar as infraestruturas brasileiras implementado durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960).


O projeto definia trinta objetivos, agrupados em cinco setores, a serem alcançados: energia, transporte, indústria, educação e alimentação.


Basicamente, a intenção era estimular o desenvolvimento da indústria leve no Brasil.


Realizações do Plano de Metas

Com o lema “cinquenta anos em cinco”, Juscelino assume a Presidência em 31 de janeiro de 1956 e coloca em prática o Plano de Metas.


Uma das principais obras foi a implantação da indústria automobilística através de incentivos fiscais. Apostou-se pela criação de fábricas que produzissem veículos genuinamente nacionais, como a Vemag (Veículos e Máquinas Agrícolas S.A.).


Igualmente, foram instaladas fábricas da Volkswagen, Mercedes Benz, Willis Overland e General Motors.


No setor energético houve a expansão das usinas hidrelétricas com a construção das usinas de Paulo Afonso, no rio São Francisco, em 1955;


Neste campo, ocorreu a fundação do Conselho Nacional de Energia Nuclear, que permitiu o Brasil desenvolver esta tecnologia somente para fins pacíficos. No final do mandato, JK instituiu o Ministério das Minas e Energia;


A fim de corrigir os problemas regionais foi criada a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). Como o sul do país havia se industrializado mais rápido que o norte a função desta agência governamental para diminuir esta diferença.


A fundação de Brasília, a nova capital do país, foi considerada a meta síntese do governo JK.


O FMI (Fundo Monetário Internacional), no entanto, recusou os empréstimos, pois desconfiava que esta política econômica geraria inflação, prejudicando os credores internacionais. Apesar disso, o dinheiro foi obtido em bancos europeus e americanos, sem a garantia do FMI.


Origem do Plano de Metas

O Plano de Metas teve origem a partir das ideias dos economistas da CEPAL.


Considerado o primeiro plano global de desenvolvimento da economia nacional, foi a espinha dorsal do nacionalismo desenvolvimentista pretendido por Juscelino Kubitschek.


O sucesso do plano foi possível graças à criação de órgãos de administração ligados diretamente à Presidência da República como: GEICON (Grupo Executivo de Construção Naval), GEIA (Grupo Executivo da Indústria Automobilística) e o GEIMAPE (Grupo Executivo da Indústria da Maquinaria Pesada).



terça-feira, 5 de outubro de 2021

Acento agudo

 O acento agudo (´) é um sinal gráfico utilizado em todas as vogais da língua: a, e, i, o, u.


Eles marcam a sílaba tônica (mais forte) de uma palavra e, portanto, são utilizados nas vogais abertas e semiabertas.


Além do acento agudo, o mais utilizado na nossa língua, há também o circunflexo (^) e o grave (`), esse último chamado de crase.


Regras

O acento agudo é utilizado:


Nas vogais tônicas abertas e semiabertas “a”, “e” e “o”, por exemplo:


sofá

estádio

átomo

réptil

sintético

parabéns

sólido

ótica

dominó

Nas vogais tônicas “i” e “u”, por exemplo:


íngreme

almíscar

líquen

útil

inútil

úmido

Novo Acordo Ortográfico

Com a implementação do Novo Acordo Ortográfico (2009), algumas palavras paroxítonas perderam o acento agudo.


Palavras homógrafas


Para

Polo

Antes do Acordo eram grafadas da seguinte maneira:


Pára

Pólo

Ditongos abertos “oi” e “ei”


Heroico

Jiboia

Paranoia

Assembleia

Ideia

Antes do Acordo elas eram acentuadas:


Heróico

Jibóia

Paranóia

Assembléia

Idéia

Obs: Segundo o Novo Acordo Ortográfico o acento agudo permanece nos monossílabos tônicos e nas palavras oxítonas com ditongos abertos “éi”, “éu” ou “oi”:


Exemplos:


anéis

decibéis

chapéu

ilhéus

herói

remóis

Palavras com Acento Agudo

Confira abaixo algumas palavras que levam o acento agudo:


Palavras Oxítonas: última sílaba é a tônica.


Sofá

Olá

Chalé

Café

Açaí

Piauí

Avó

Paletó

Baú

Grajaú

Palavras Paroxítonas: a penúltima sílaba é a tônica.


Cadáver

Amável

Réptil

Éden

Ímpar

Vírus

Dócil

Fóssil

Lúmen

Túnel

Palavras Proparoxítonas: a antepenúltima sílaba é a tônica.


Árabe

Cálice

Exército

Espécie

Líquido

Míope

Próximo

Cleópatra

Rústico

Músico

Atenção!


Algumas palavras iguais escritas com e sem acento agudo, são utilizadas em contextos diferentes.


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