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terça-feira, 26 de outubro de 2021

Carlos Drummond de Andrade - literatura

 Carlos Drummond de Andrade


Descendente de uma família de fazendeiros tradicionais da região, Drummond foi o nono filho do casal Carlos de Paula Andrade e Julieta Augusta Drummond de Andrade.


Desde pequeno Carlos demonstrou grande interesse pelas palavras e pela literatura. Em 1916, ingressou no Colégio em Belo Horizonte.


Dois anos mais tarde, foi estudar no internato jesuíta no Colégio Anchieta, no interior do Rio de Janeiro, Nova Friburgo, sendo laureado em “Certames Literários”.


Em 1919, foi expulso do colégio jesuíta por “insubordinação mental” ao discutir com o professor de Português. Assim, retorna a Belo Horizonte e a partir e 1921 começa a publicar seus primeiros trabalhos no Diário de Minas.


Formou-se em Farmácia na Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte, porém não exerceu a profissão.


Em 1925 casou-se com Dolores Dutra de Morais, com quem teve dois filhos, Carlos Flávio (em 1926, que vive apenas meia hora) e Maria Julieta Drummond de Andrade, nascida em 1928.


Em 1926, ministra aulas de Geografia e Português no Ginásio Sul-Americano de Itabira e trabalha como redator-chefe do Diário de Minas.


Continuou com seus trabalhos literários e em 1930 publica seu primeiro livro intitulado “Alguma Poesia”.


Um de seus poemas mais conhecidos é “No meio do caminho”. Ele foi publicado na Revista de Antropofagia de São Paulo em 1928. Na época, foi considerado um dos maiores escândalos literários do Brasil:


“No meio do caminho tinha uma pedra

Tinha uma pedra no meio do caminho

Tinha uma pedra

No meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento

Na vida de minhas retinas tão fatigadas.

Nunca me esquecerei que no meio do caminho

Tinha uma pedra

Tinha uma pedra no meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra.”


Trabalhou como funcionário público durante grande parte de sua vida e se aposentou como Chefe de Seção da DPHAN, após 35 anos de serviço público.


Em 1982, com 80 anos, recebeu o título de “Doutor Honoris Causa” pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).


Drummond faleceu em dia 17 de agosto de 1987 no Rio de Janeiro. Morreu com 85 anos, poucos dias após a morte de sua filha, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade, sua grande companheira.


Obras:


Alguma poesia (1930)

Brejo das almas (1934)

Sentimento do Mundo (1940)

Confissões de Minas (1944)

A Rosa do povo (1945)

Poesia até agora (1948)

O Gerente (1945)

Claro Enigma (1951)

Contos de Aprendiz (1951)

A Mesa (1951)

Passeios na Ilha (1952)

Viola de Bolso (1952)

Fazendeiro do ar (1954)

Viola de Bolso novamente encordoada (1955)

Fala, amendoeira (1957)

Ciclo (1957)

Lição de coisas (1962)

Antologia Poética (1962)

Obra Completa (1964)

Cadeira de Balanço (1966)

Mundo Vasto mundo (1967)

Poemas (1971)

As Impurezas do Branco (1973)

Amor, Amores (1975)

A Visita (1977)

Contos Plausíveis (1981)

Amar se aprende amando (1985)

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