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terça-feira, 17 de agosto de 2021

Conjunções coordenativas

 As conjunções coordenativas têm a função de ligar dois termos independentes ou duas orações coordenadas em um mesmo enunciado, estabelecendo algum tipo de relação nessa junção. As orações coordenadas são independentes entre si, podendo ser completamente entendidas quando separadas.


As conjunções coordenativas podem ser classificadas como:


aditivas


adversativas


alternativas


conclusivas


explicativas


Classificação das conjunções coordenativas

As conjunções coordenativas têm cinco classificações baseadas no sentido que estabelecem entre os elementos que conectam.


Conjunções coordenativas aditivas

São as que estabelecem relação de adição entre os elementos conectados, ou seja, um é o acréscimo do outro. Esse acréscimo pode ser tanto em sentido positivo quanto negativo. Veja os exemplos:


Eu fui à praia e tomei bastante sol.


Eu não fui à praia nem tomei sol.


No primeiro enunciado, a conjunção “e” liga as duas orações, estabelecendo relação de adição positiva. No segundo enunciado, a conjunção também estabelece relação de adição, mas negativa.


Conjunções coordenativas adversativas

Essas conjunções estabelecem relação de oposição entre os elementos conectados. Nesse caso, a ideia de um contradiz ou opõe-se à ideia do outro.


Antes, eu não gostava muito de você, mas agora eu gosto.


O dia estava muito bonito, porém, isso não nos deixou animados.


Nos dois exemplos, há relação de oposição entre a segunda oração e a primeira.


Conjunções coordenativas alternativas

Como o próprio nome já diz, essas conjunções estabelecem relação de alternância entre os elementos conectados. Assim, um elemento é a alternativa em relação ao outro, seja no sentido de optar-se por um deles, seja no sentido de mudança de um para o outro. As conjunções coordenativas alternativas podem aparecer uma vez só (entre as orações ou termos que liga) ou duas vezes (antes de cada oração ou termo que liga), dependendo do contexto. Vejamos os exemplos para ilustrar essa relação:


Posso ir ao mercado ou você prefere ir?


Ora provava os docinhos, ora beliscava os salgadinhos: o importante era comer.


As conjunções dos dois enunciados estabelecem relação de alternância. No primeiro enunciado, a conjunção “ou” indica que se trata de escolher entre uma opção ou outra. No segundo enunciado, a conjunção “ora” indica que as duas coisas aconteciam alternadamente.


Conjunções coordenativas conclusivas

Também é possível ver pelo nome que essas conjunções estabelecem sentido de conclusão entre os elementos conectados, ou seja, a ideia expressa em um é consequência da ideia expressa em outro.


Jogávamos muito bem, assim, vencemos o campeonato.


Era muito sonhador, então, acabava distraindo-se facilmente.


Embora sejam orações independentes uma da outra, ao serem ligadas pelas conjunções, criam o sentido de conclusão.


Conjunções coordenativas explicativas

São conjunções que estabelecem relação de explicação entre os elementos conectados, ou seja, a ideia expressa em um é a razão da ideia expressa em outro.


Eu não disse nada porque pensei que você pudesse ficar chateado.


Estavam muito animados, pois era a primeira vez deles.


As orações independentes criam sentido de explicação entre si quando ligadas pela conjunção coordenativa explicativa.


Sentidos das conjunções coordenativas

É importante lembrar que algumas conjunções coordenativas podem ter sentidos diferentes dependendo do contexto em que se encontram. Por exemplo, é comum que a conjunção “e” seja aditiva, enquanto a conjunção “mas” comumente é adversativa. Entretanto, elas podem aparecer em contextos diferentes com sentidos alterados. Vejamos alguns exemplos de quando isso acontece:


Eu quis amá-lo, e não consegui.


No exemplo, pelo contexto, seria lógico utilizar a conjunção “mas” para estabelecer a relação de oposição entre querer e não conseguir. Assim, apesar de ter sido usada a conjunção “e”, ela continua estabelecendo relação de adversativa, visto que, ao unir as duas orações, tem-se justamente o valor de oposição.


“Era bela, mas principalmente rara.” (Machado de Assis)


Nesse outro caso, também é possível ver que ser rara não é uma oposição a ser bela. A conjunção “mas” não apresenta, então, a relação de adversativa, e sim de aditiva, visto que há relação de adição entre ser bela e ser rara.



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